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segunda-feira, 2 de março de 2015

Vencendo a mania de arrancar os cabelos

Era tarde da madrugada. Eu já não sabia mais o porque eu estava nervosa... E não tinha nada melhor nesse mundo pra me acalmar do que achar aquele fio de cabelo que aguentava ser puxado e arrancado sem que eu sentisse dor.
Mas aí, eu comecei a ver que eu não sentia dor em nenhum dos fios que tinham na minha cabeça. Tá, não vou mentir. Alguns doíam, mas, era aquela dor gostosa... Que fazia com que eu não ficasse nervosa mais.
Todo mundo tem uma mania quando tá nervoso. Ri, chora, grita, esperneia... Eu arrancava cabelo.
Tá, todo mundo vai pensar que cabelo cresce de novo e que cristão nenhum no mundo consegue arrancar o cabelo todo que tem na cabeça.

Realmente, eu não consigo arrancar todo o cabelo que eu tenho, mas, em menos de 3 meses... Eu consegui quase diminuir pela metade os fios que tinham aqui... Até que um belo dia (belo não, porque eu tava brigando com meu namorado)... O senhor meu lindo me fala que ou eu parava com essa mania horrorosa, ou ele terminava comigo...
Entrei em pânico! A gente já tá junto há quase 3 anos... Não podia deixar que isso acontecesse... E foi aí que eu comecei a cuidar mais disso.
Antidepressivos, ansiolíticos e blá, blá, blá. Já tava até preparada a ouvir o que o Dr. Psiquiatra falaria e ele me deu duas opções. Ou eu tomava remédio (que aí eu teria que parar de fazer um monte de coisa que eu gosto, do tipo sentar na mesa com os meus amigos em dias quentes e tomar aquela gelada) ou eu fazia exercícios físicos.

EXERCÍCIO, POR FAVOOOOOR! Mas, igual ele mesmo disse, não pode ser aquela caminhadinha segurando o celular e conversando com os outros. Tinha que ser aquela pra cansar corpo e mente. Aquela que você faz e tem que deitar na cama e dormir até seu corpo começar a doer, de tanto que você descansou. Esse era o tipo de exercício que eu tinha que fazer.

Pois bem! Comecei tentando ir até o serviço e voltar de lá de bicicleta. Resultado? Caí, bati a cabeça e fiquei quase dois dias fazendo uma série de exames pra ver se eu não tinha fraturado nada. E desmaiar já tinha acontecido um bilhão de vezes (e quem me salvou de novo foi o anjo do meu namorado).

Daí, pensei em fazer diferente. Vou pro serviço a pé. Não é tão longe e, no final do dia, eu teria feito uma caminhada de 14 quilômetros. Era uma coisa a se considerar, se não fosse a preguiça que eu tinha de acordar cedo pra poder fazer uma caminhada em pleno sol de meio dia. Plano descartado.

Pensei em voltar pra luta. É uma coisa que eu gosto de fazer. Que me desliga do mundo e me deixa extremamente cansada. Mas, depois de uma lesão séria na coluna, igual eu tive em 2014. Preferi esperar mais um pouco até que eu não sinta mais nenhuma dor e depois da minha coluna parar de travar (porque ir daqui de casa até o Sushi já faz eu querer que meu pai me busque de tanta dor que eu sinto).

E aí, eu conheci um serzinho que me fez milagres. Todos os dias, quando eu acordo (eu to de férias, então eu acordo tarde) ele vem e pula na minha cama, como se falasse... Tia, vamo passear, já passou da hora de você sair da cama! E aí eu levanto, tomo meu café e vou brincar com ele. E não é brincar de jogar a bolinha pra ele e ele ir pegar. É brincar de dar um bilhão de voltas na minha casa com esse pestinha correndo atrás de mim e quando eu paro ele olha como aqueles que dizem "epa, parou porque?"

Daí, tem 3 semanas que eu não arranco nenhum fio de cabelo da cabeça... E eu só tenho a agradecer ao bolinha de pelo mais chato e mais lindo do universo!


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